Imagem da Semana

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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Santo Antônio... de Pádua, de Lisboa. Muito além do Santo Casamenteiro: um exemplo de humildade.



            Neste dia 13 de Junho a Igreja Católica apostólica romana celebra Santo Antônio. De Pádua ou de Lisboa, como queiram. Um dos Santos mais conhecidos e mais venerado em todo o mundo. Dia de festa junina. Santo Antônio é mais que um santo casamenteiro, ele foi um grande anunciador do Evangelho deixou o grande exemplo de uma vida coerente com aquilo que se prega: “Maior característica de Santo Antônio é a busca por uma vida coerente. Pois ele sabia que muito mais que anunciar é preciso ter a vivência da palavra de Deus, mirando o exemplo dos santos”, diz Lilson Rodrigues, pároco da Paróquia Santo Antônio, de Cachoeira Paulista, interior de São Paulo. Conheçamos mais sobre a vida deste Santo.
           
Vocação Religiosa desde a infância

            Nascido em Lisboa por volta de 1193, Batizado com o nome de Fernando Martins, ingressou na Ordem dos Cônegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de São Vicente de Fora. Fernando teve uma vida farta e estudou nos melhores escolas. Mas depois ingressar na vida religiosa na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, o jovem  sacerdote pede para ser transferido para Coimbra a fim de ficar longe do assédio da família que não aceitava sua escolha pela pobreza, onde pode aprofundar seu conhecimento com o próprio Santo Agostinho, e com outros Padres da Igreja. Adquiriu profundo conhecimento das sagradas escrituras, base das suas futuras pregações. Aí tornou-se sacerdote.
            Fascinado pelas propostas de desapego aos bens materiais da doutrina Fransciscana, interpretou como sinal divino o recebimento de restos mortais de mártires Franciscanos por Coimbra, em 1220.  Tendo manisfestado seu desejo de mudança de Ordem Eclesiástica e tendo recebido autorização dos superiores, o cônego Fernando recebeu o hábito dos Frades Menores algum tempo depois, tomando o nome de Frei Antônio.

Humildade e aceitação da vontade de Deus

            Decorridos apenas cinco meses de noviciado, conseguiu ser enviado para a terra que dera os primeiros mártires à Ordem Franciscana. Imagina que aí seria o auge de sua vida religiosoa e santidade. Porém Deus queria dele uma luta mais longa e difícil, cujo primeiro passo consistia na inteira renúncia à própria vontade. Pouco depois de desembarcar em solo africano, fortes febres o acometeram, tornando-o incapaz de qualquer atividade, e o superior enviou-o de volta à Europa.
            Na viagem de retorno, o navio foi arrastado por uma tempestade para as costas da Sicília. Após passar alguns meses no convento de Messina, Frei Antônio dirigiu-se a Assis, onde se realizaria um Capítulo Geral da Ordem, nas vésperas de Pentecostes de 1221, presidido pelo próprio São Francisco.
            Encerrada a Assembleia, sendo ainda desconhecido no meio daquela multidão de frades, pediu ao Provincial de Romandiola que o acolhesse como subalterno, e passou a viver no Eremitério de São Paulo. Ignorando sua linhagem e formação, deram-lhe a função de ajudante de cozinha, a qual assumiu sem titubear. Deste modo, passou longos meses no mais completo anonimato, tendo por cela uma gruta e tudo aceitando sem a menor reclamação.

O início da vida pública

            Certa vez,  o supervisor pede para ele fazer o sermão do dia de improviso em uma celbração litúrgia na qual estavam presentes alguns filhos de São Francisco e de São Domingos, e na qual vários religiosos receberam o Sacramento da Ordem. E todos ficaram surpresos com sua facilidade e sabedora para anunciar o Evangelho. ao terminar, ninguém mais se lembrava do fato de ser ele um apagado cozinheiro, transmudado diante de todos, agora, num insigne predicador.
            Assim se iniciou a vida pública de Santo Antônio de Pádua. A batalha contra si mesmo e contra o mal, conduzida até aquele momento na solidão e austeridade do claustro, tomava ali uma proporção missionária. Deus o chamava a evangelizar as multidões, auxiliando-as, através do ministério da palavra, na perpétua e ferrenha luta do homem contra o pecado.

Não devemos ficar calados diante do mal


            "Não devemos ficar calados diante do mal". Bem poderíamos resumir com estas palavras do Papa Bento XVI as pregações do nosso santo. Dotado de devoção, eloquência e rara memória - conhecia de cor as Escrituras - Frei Antônio atraía multidões às suas pregações. Destemido, não tinha receio de reprovar os erros de seus ouvintes, ainda que se tratasse de autoridades civis ou eclesiásticas.
            Certa vez interpelou publicamente um Bispo que se adornava de forma vaidosa: "Tenho algo a dizer a ti que usas a mitra!".3 E censurou-lhe suas faltas. O culpado derramou abundantes lágrimas e mudou de conduta. Também não hesitou em enfrentar o cruel governador Ezzelino, indo à procura dele em Verona.
            Percebendo a profundidade teológica dos sermões de Frei Antônio e a santidade de sua conduta, os demais frades pediram autorização a São Francisco para que aquele irmão lhes ensinasse a sacra doutrina. Até então, o santo fundador havia se mostrado contrário a que os franciscanos se dedicassem aos estudos, com receio de se desviarem do carisma da Ordem e arrefecerem na vida espiritual. Todavia, conhecedor das virtudes desse seu filho espiritual, acedeu ao pedido dos frades.

Vencendo a heresia na França

            Enviado em missão à França, Santo antônio testemunhou um acontecimento fantástico. um cátaro persistia em negar a presença real de Cristo na Eucaristia. Propôs à Santo antônio um desafio:deixaria uma mula sem se alimentar por três dias, e depois a levaria para praça pública, onde Frei Antônio lhe apresentaria a custódia com o Santíssimo Sacramento, ao mesmo tempo que o herege lhe ofereceria um monte de feno. Assim se fez e o animal, ainda que faminto, não provou o alimento sem antes fazer uma profunda reverência a Jesus Eucarístico. Muitos se converteram à vista de tamanho milagre.

Pádua recebe seu Santo

            Em 1227 Santo Antônio é nenviado à Pádua. A cidade testemunhou o calor de suas palavras e as manifestações de sua bondade para com todos. Com incansável solicitude visitou diversas cidade da região, levantando novos conventos, impondo hábitos aos noviços e, sobretudo, dando a todos o exemplo da santa pobreza.
            As pregações da Quaresma de 1231 foram especialmente concorridas, pois há muito se espalhara não só a fama da eloquência, como também da santidade de Frei Antônio. Tal prestígio em nada perturbava sua humildade, já bem solidificada na alma. Costumava passar do púlpito para o confessionário, onde, com zelo extremo, colhia os frutos da pregação.

A origem dos Pães de Santo Antônio

            Num certo dia, Santo Antônio tomou todos os pães do convento e distribuiu aos pobres. O padeiro do convento ficou desesperado pois não tinha o que servir aos franciscanos, mas Antônio pediu para que ele verificasse na dispensa e ali aconteceu o milagre da multiplicação.

Porque Santo Casamententeiro?

            Sempre muito compadecido com os pobres, Santo Antônio casava muitos deles sem exigir nenhuma contribuição financeira para a igreja, como era costume na época. Veio daí a fama de “santo casamenteiro”.
            “Conta-se também que uma jovem muito bonita, que queria encontrar um marido, fazia todos os dias orações e colocava junto à imagem de Santo Antônio flores que ela mesma colhia em seu jardim. Já cansada de esperar ela atira a imagem pela janela que cai na cabeça de um rapaz que se apaixona por ela e mais tarde eles se casam” (Lilson Rodrigues).

Oração de Santo Antônio

Lembrai-vos, glorioso Santo Antônio,
amigo do Menino Jesus,
filho querido de Maria Imaculada,
de que nunca se ouviu dizer de alguém
que tenha recorrido à vós,
tenha sido por vós abandonado.
Animado de igual confiança,
venho à vós fiel consolador e amparador dos aflitos.
Gemendo sob o peso dos meus pecados,
me prosto a vossos pés.
Não rejeitais, pois, a minha súplica:
(fazer o pedido).
Sendo tão poderoso junto ao Coração de Jesus,
escutai-a favoravelmente e dignai-vos a atendê-la.
Amém.


Fontes:

MATOS, Irmã Maria Teresa Ribeiro. EP.
Santo Antônio de Pádua: o Santo do Sorrisos e da Luta.
In: Revista Arautos do Evangelho. Jun/2012, n. 126, p. 32 à 35.
Disponível em: <http://www.arautos.org/especial/38076/Santo-
Antonio-de-Padua--O-santo-do-sorriso----e-da-luta.html>.
Acesso em 13 de junho de 2013.

MELHADO, Nicole.
Mais que casamenteiro, Santo Antônio é exemplo de coerência.
Diponível: <http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=282113>.
Acesso em 13 de Junho de 2013.

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