O arrependimento é um dos mais
complexos sentimentos humanos: quando bem trabalhado serve para o amadurecimento
pessoal. Mas quando o arrependimento é mal trabalhado compromete o
desenvolvimento pessoal e pode causar sérias complicações psicológicas.
Um contexto ainda mais dramático é
o arrependimento à beira da morte, quando a pessoa tem ciência de que não
poderá se redimir ou ter uma segunda chance aqui na Terra. O vídeo abaixo foi
produzido pelo Hospital Israelita Albert Einsten, de São Paulo e trata sobre o
tema. Nele Ana Cláudia Arantes, geriatra e especialista em cuidados paliativos
do mesmo hospital, comenta os resultados do livro The top five regrets of the dying (Os cinco maiores arrependimentos
à beira da morte). O livro foi lançado nos Estados Unidos da América por Bronnie
Ware, uma enfermeira especializada em cuidar de pessoas próximas da morte, baseado
em seu próprio trabalho.
Confira, pela ordem, os principais arrependimentos listados no livro:
1º - Eu gostaria de ter tido coragem de viver uma vida fiel a mim
mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim.
O maior dos arrependimentos diz
respeito direto à influência de outras pessoas na sua vida, atitudes e até
mesmo personalidade: até que ponto a opinião dos outros mudam suas atitudes?
Este é o ponto central para evitar este arrependimento.
2º - Eu gostaria de não ter trabalhado tanto.
Em uma sociedade capitalista,
dinheiro é necessário. E trabalhar é a forma mais eficiente e honesta de
conseguir dinheiro. Mas até que ponto você abdica de passar um tempo com sua
família, com seus amores, de se divertir com seus amigos, rezar, de cuidar de
sua saúde e de descansar para trabalhar? O trabalho, remunerado ou não,
reconhecido pela sociedade ou não, dignifica o homem e pode leva-lo uma
condição financeira confortável. Mas não pode privar o ser humano de sua vida
afetiva, familiar, social e recreativa.
3º - Eu gostaria de ter tido
coragem de expressar meus sentimentos
Ah, a sinceridade: tão cultuada,
tão almejada, nem sempre compreendida, possível origem de conflitos e por isso
muitas vezes não expressada. No momento podemos até achar que fizemos o mais
sensato, mas depois vem o arrependimento: “deveria ter falado a verdade!”.
Muitas vezes simplesmente não podemos voltar atrás, ou então o efeito não será
o mesmo devido ao tempo decorrido entre nossa omissão/falta de sinceridade e
arrependimento.
4º - Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos
Segundo Shakespeare “bons amigos
são a família que nos permitiram escolher”. No entanto, mesmo com tantas formas
de comunicação, ainda é comum perceber que os trabalhos, os estudos, as tarefas
do dia a dia, a distância e o tempo esfrie ou até desfaça laços afetivos. No
fim da vida a compreensão de valor destas amizades é constatada.
5º - Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz
Em uma junção de todos os outros
arrependimentos descritos, a pessoa percebe que a principal responsável por ele
não ter sido mais feliz foi ela mesma.
Identificou-se com alguns destes arrependimentos? Então trate de mudar suas atitudes enquanto está vivo! Aproveite o fim de ano para reflexões; no entanto não espere 2013 para mudar: você tem ainda também o resto de 2013 para mudar suas atitudes e ser mais feliz consigo mesma!
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