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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Imaculada Conceição: mais que um título, um DOGMA!

Nossa senhora é conhecida pelo mundo por vários nomes: Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, enfim. Uma centena de nomes foram inspirados por aparições que nos ajudam a entender e nos aproximarmos da Mãe. Porém um "nome" muito conhecido nos traz uma referência especial, no qual queremos expor aqui: Imaculada Conceição

Imaculada Conceição significa "sem pecado original". Acredito que já devem ter escutado em algum lugar... Este nome não é simbólico. Ele é real! Maria mesmo foi quem disse em sua aparição em Lourdes para Bernadette, ainda criança (1858) e disse "Eu sou a Imaculada Conceição", sem mancha de pecado, nascida pura, inviolável. 

Talvez você pense: "Ela não é humana? Todo ser humano não tem natureza pecadora? Como nasceu pura?" 

Jesus, o Salvador e Libertador da Humanidade de todo o pecado, não poderia nascer em lugar onde houvesse pecado, Deus poderia escolher qualquer mulher, pois, sabia que o "Senhor do Pecado" tentaria de todas as formas "envenená-la" como anteriormente feito com Eva. Deus queria uma nova Eva para a Humanidade.

Deus a planejou, Deus a quis na pureza. Fazia parte de seu plano de amor para seus filhos. Por isso, ele a fez, desde de o ventre de sua mãe, Sant'Ana, cheia de graça! Uma mulher que seria capaz de aceitar Jesus e sua missão, ser forte do começo ao fim!

A Imaculada Conceição de Maria tornou-se um dogma da fé católica por Papa Pio IX no dia 8 de dezembro de 1854, declarando:
“Nós declaramos, decretamos e definimos que a doutrina segundo a qual, por uma graça e um especial privilégio de Deus Todo Poderoso e em virtude dos méritos de Jesus Cristo, salvador do gênero humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada de toda a mancha do pecado original no primeiro instante de sua conceição, foi revelada por Deus e deve, por conseguinte, ser crida firmemente e constantemente por todos os fiéis”.


O Anjo Gabriel lhe disse na Anunciação: “Ave, cheia de graça...” (Lc 1,28). Nesse “cheia de graça”, a Igreja entendeu todo o mistério e dogma da Conceição Imaculada de Maria. Se ela é “cheia de graça”, mesmo antes de Jesus ter vindo ao mundo, é porque é desde sempre toda pura, bela, sem mancha alguma; isto é, Imaculada.
Felipe Aquino 
"Rogai, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém!"

Saiba mais:
 http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11246

*Dogma: do grego "o que se pensa é verdade" é uma crença, convicção de determinada religião. No caso da Igreja Católica, fazem estudos para que os dogmas sejam estabelecidos e registrados.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

"Como pequenas atitudes podem mudar o mundo?"

Neste mês das missões, vamos aproveitar e refletir o que realmente significa ser missionário.
Muitas pessoas pensam que missão só fazem aqueles que consagram sua vida inteiramente ao outro, através de congregações ou determinados carismas. São um maravilhoso espelho para nós de coração aberto, de amor e desapego! Mas, muitas vezes nos esquecemos das pequenas atitudes que podemos tomar para a grande mudança que todos queremos: UM MUNDO MELHOR. Trazemos a vocês no dia de hoje, a reflexão de Flaviston Pires, um jovem da Paróquia Meninos Jesus (aqui de Diadema), que nos apresenta isso de maneira simples e essencial:


"Como as pequenas ações podem mudar o mundo?

Um bando de jovens que poderiam estar ai vivendo do ócio ou aproveitando as 'facilidades' do mundo... E nós estávamos contribuindo com um almoço para anciões apenas pela simples satisfação de vê-los se alimentando e felizes por um momento.
E depois 'gastamos' nossas manhãs com Crisma ou Catequese..., com um sonho utópico de que nossas palavras durante os encontros possam mudar os jovens o mundo em volta deles..
E depois Um Encontrão com outros jovens para discutirmos aquilo que o mundo fecha os olhos e finge não ser da conta deles..
E mais tarde uma visita ESPETACULAR ao orfanato, levando sorrisos, distração, alegria às crianças que realmente precisam..., E também trazendo delas uma mescla de sentimentos impossíveis de expressar!
Muitos filósofos tentam explicar o que é felicidade ou gratidão. Acho que nós temos (e somos) a prova viva dessa explicação que eles tanto procuram!
Obrigado por fazerem parte desses momentos minúsculos aos olhos do mundo, e infinitamente grandioso aos nossos olhos!"
 passos-caminhada-jesus-conexao-jesus
Imagem: Site Conexão Jesus

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões 2013




Terça-feira, 6 de agosto de 2013
Boletim da Santa SéTradução: Jéssica Marçal
Queridos irmãos e irmãs,
Este ano celebramos o Dia Mundial das Missões enquanto se está concluindo o Ano da Fé, ocasião importante para reforçar a nossa amizade com o Senhor e o nosso caminho como Igreja que anuncia com coragem o Evangelho. Nesta perspectiva, gostaria de propor algumas reflexões.
1. A fé é um dom precioso de Deus, o qual abre a nossa mente para que possamos conhecê-Lo e amá-Lo. Ele quer entrar em relação conosco para fazer-nos participar da sua própria vida e tornar a nossa vida mais cheia de significado, melhor, mais bela. Deus nos ama! A fé, porém, pede para ser acolhida, pede, isso é, a nossa resposta pessoal, a coragem de confiar-nos a Deus, de viver o seu amor, gratos pela sua infinita misericórdia. É um dom, então, que não é reservado a poucos, mas que vem oferecido com generosidade. Todos deveriam poder experimentar a alegria de sentir-se amado por Deus, a alegria da salvação! E é um dom que não se pode ter só para si mesmo, mas que deve ser compartilhado. Se nós queremos tê-lo somente para nós mesmos, nos tornaremos cristãos isolados, estéreis e doentes. O anúncio do Evangelho faz parte do ser discípulos de Cristo e é um empenho constante que anima toda a vida da Igreja. “O zelo missionário é um sinal claro da maturidade de uma comunidade eclesial” (Bento XVI, Exort. Apost. Verbum Domini, 95). Toda comunidade é “adulta” quando professa a fé, celebra-a com alegria na liturgia, vive a caridade e anuncia sem cessar a Palavra de Deus, saindo do próprio recinto para levá-la também às “periferias”, sobretudo a quem não teve ainda a oportunidade de conhecer Cristo. A solidez da nossa fé, em nível pessoal e comunitário, é medida também pela capacidade de comunicá-la aos outros, de difundi-la, de vivê-la na caridade, de testemunhá-la a quantos nos encontram e partilham conosco o caminho da vida.
2. O Ano da Fé, a cinquenta anos do início do Concílio Vaticano II, é de estímulo para que toda a Igreja tenha uma renovada consciência da sua presença no mundo contemporâneo, da sua missão entre os povos e as nações. A missionariedade não é somente uma questão de territórios geográficos, mas de povos, de culturas e de indivíduos, propriamente porque os “confins” da fé não atravessam somente lugares e tradições humanas, mas o coração de cada homem e de cada mulher. O Concílio Vaticano II destacou de modo especial como a tarefa missionária, a tarefa de alargar os confins da fé, seja própria de cada batizado e de todas as comunidades cristãs: “Porque o povo de Deus vive nas comunidades, especialmente naquelas diocesanas e paroquiais, e nessas de todo modo aparece de forma visível, cabe também a estas comunidades dar testemunho de Cristo diante das nações” (Decr. Ad gentes, 37). Toda comunidade é então interpelada e convidada a fazer próprio o mandato confiado por Jesus aos Apóstolos de ser suas “testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra” (At 1, 8), não como um aspecto secundário da vida cristã, mas como um aspecto essencial: todos somos enviados nas estradas do mundo para caminhar com os irmãos, professando e testemunhando a nossa fé em Cristo e fazendo-nos anunciadores do seu Evangelho. Convido os Bispos, os Presbíteros, os Conselhos presbiteriais e pastorais, toda pessoa e grupos responsáveis na Igreja a dar ênfase à dimensão missionária nos programas pastorais e formativos, sentindo que o próprio compromisso apostólico não é completo se não contém o propósito de “dar testemunho de Cristo diante das nações”, diante de todos os povos. A missionariedade não é somente uma dimensão programática na vida cristã, mas também uma dimensão paradigmática que abrange todos os aspectos da vida cristã.
3. Muitas vezes a obra de evangelização encontra obstáculos não somente em seu lado externo, mas dentro da própria comunidade eclesial. Às vezes são frágeis o fervor, a alegria, a coragem, a esperança no anunciar a todos a Mensagem de Cristo e no ajudar os homens de nosso tempo a encontrá-Lo. Às vezes se pensa ainda que levar a verdade do Evangelho seja fazer violência à liberdade. Paulo VI tem palavras iluminadoras quanto a isso: “Seria…um erro impor qualquer coisa à consciência dos nossos irmãos. Mas propor a esta consciência a verdade evangélica e a salvação de Jesus Cristo com plena clareza e no respeito absoluto das livres opiniões que essa fará…é uma homenagem a esta liberdade” (Exort. Apost. Evangelii nuntiandi, 80). Devemos ter sempre a coragem e a alegria de propor, com respeito, o encontro com Cristo, de fazer-nos portadores do seu Evangelho. Jesus veio em meio a nós para indicar o caminho de salvação, e confiou também a nós a missão de fazê-lo conhecer a todos, até os confins da terra. Muitas vezes vemos que são a violência, a mentira, o erro a serem colocados em destaque e propostos. É urgente fazer resplandecer no nosso tempo a vida boa do Evangelho com o anúncio e o testemunho, e isto a partir do interior da própria Igreja. Porque, nesta perspectiva, é importante não esquecer nunca um princípio fundamental para todo evangelizador: não se pode anunciar Cristo sem a Igreja. Evangelizar não é nunca um ato isolado, privado, mas sempre eclesial. Paulo VI escrevia que “quando o mais desconhecido pregador, missionário, catequista ou pastor anuncia o Evangelho, reúne a comunidade, transmite a fé, administra um Sacramento, mesmo se está sozinho, cumpre um ato de Igreja”. Ele não age “por uma missão atribuída a si mesmo, nem em força de uma inspiração pessoal, mas em união com a missão da Igreja e em nome dessa” (ibidem). E isto dá força à missão e faz cada missionário e evangelizador sentir que não está nunca sozinho, mas faz parte de um único Corpo animado pelo Espírito Santo.
4. Na nossa época, a mobilidade difusa e a facilidade de comunicação através das novas mídias têm fundido entre eles os povos, os conhecimentos, as experiências. Por motivo de trabalho, famílias inteiras se deslocam de um continente a outro; as trocas profissionais e culturais, então, o turismo e fenômenos análogos empurram a um amplo movimento de pessoas. Às vezes se torna difícil mesmo para as comunidades paroquiais conhecer de modo seguro e aprofundado quem está de passagem ou quem vive estavelmente no território. Além disso, em áreas sempre mais amplas das regiões tradicionalmente cristãs cresce o número daqueles que são estranhos à fé, indiferentes à dimensão religiosa ou animados por outras crenças. Não raramente, então, alguns batizados fazem escolhas de vida que lhes conduzem para longe da fé, tornado-se assim necessitados de uma “nova evangelização”. A tudo isto se soma o fato de que ainda uma ampla parte da humanidade não foi alcançada pela boa notícia de Jesus Cristo. Vivemos, então, em um momento de crise que toca vários setores da existência, não somente aquele da economia, das finanças, da segurança alimentar, do ambiente, mas também aquele do sentido profundo da vida e dos valores fundamentais que a animam. Também a convivência humana é marcada por tensões e conflitos que provocam insegurança e cansaço de encontrar o caminho para uma paz estável. Nesta complexa situação, onde o horizonte do presente e do futuro parecem caminhos de nuvens ameaçadoras, torna-se ainda mais urgente levar com coragem em toda realidade o Evangelho de Cristo, que é anúncio de esperança, de reconciliação, de comunhão, anúncio da proximidade de Deus, da sua misericórdia, da sua salvação, anúncio de que o poder de amor de Deus é capaz de vencer as trevas do mal e guiar no caminho do bem. O homem do nosso tempo tem necessidade de uma luz segura que ilumina a sua estrada e que somente o encontro com Cristo pode dar. Levemos a este mundo, com o nosso testemunho, com amor, a esperança doada pela fé! A missionariedade da Igreja não é proselitismo, mas sim testemunho de vida que ilumina o caminho, que leva esperança e amor. A Igreja – repito mais uma vez – não é uma organização assistencial, uma empresa, uma ONG, mas é uma comunidade de pessoas, animadas pela ação do Espírito Santo, que têm vivido e vivem a maravilha do encontro com Jesus Cristo e desejam partilhar esta experiência de profunda alegria, partilhar esta Mensagem de salvação que o Senhor nos trouxe. É propriamente o Espírito Santo que guia a Igreja neste caminho.
5. Gostaria de encorajar todos a fazerem-se portadores da boa notícia de Cristo e sou grato de modo particular aos missionários e as missionárias, aos presbíteros fidei donum, aos religiosos e às religiosas, aos fiéis leigos – sempre mais numerosos – que acolhendo o chamado do Senhor, deixam a própria pátria para servir o Evangelho em terras e culturas diferentes. Mas gostaria ainda de destacar como as próprias jovens Igrejas estão se empenhando generosamente no envio de missionários às Igrejas que se encontram em dificuldade – não raramente Igrejas de antigo cristianismo – levando assim o frescor e o entusiasmo com o qual vivem a fé que renova a vida e doa esperança. Viver este respiro universal, respondendo ao mandato de Jesus “ide, portanto, e fazei discípulos todos os povos” (Mt 28, 19) é uma riqueza para toda Igreja particular, para toda comunidade, e doar missionários e missionárias não é nunca uma perda, mas um ganho. Faço apelo a quantos percebem tal chamado a corresponder generosamente à voz do Espírito, segundo o próprio estado de vida, e a não ter medo de ser generoso com o Senhor. Convido também os Bispos, as famílias religiosas, as comunidades e todas as agregações cristãs a apoiar, com clarividência e atento discernimento, o chamado missionário ad gentes e de leigos para reforçar a comunidade cristã. E esta deveria ser uma atenção presente também entre as Igrejas que fazem parte de uma mesma Conferência Episcopal ou de uma Região: é importante que as Igrejas mais ricas de vocações ajudem com generosidade aquelas que sofrem pela sua escassez.
Junto a isso exorto os missionários e as missionárias, especialmente os presbíteros fidei donum, e os leigos a viver com alegria o seu precioso serviço nas Igrejas às quais são enviados, e a levar a sua alegria e a sua experiência às Igrejas da qual partiram, recordando como Paulo e Barnabé ao término da sua primeira viagem missionária “referindo tudo aquilo que Deus tinha feito com eles e como tinha aberto aos gentios a porta da fé” (At 14, 27). Esses podem transformar um caminho para uma espécie de “restituição” da fé, levando o frescor das jovens Igrejas, a fim de que as Igrejas de antigo cristianismo reencontrem o entusiasmo e a alegria de partilhar a fé em uma troca que é enriquecimento recíproco no caminho de seguir o Senhor.
A solicitude para com todas as Igrejas, que o Bispo de Roma partilha com os irmãos Bispos, encontra uma importante atuação no compromisso das Pontifícias Obras Missionárias, que têm o foco de animar e aprofundar a consciência missionária de cada batizado e de cada comunidade, seja chamando a atenção para a necessidade de uma mais profunda formação missionária de todo Povo de Deus, seja alimentando a sensibilidade das Comunidades cristãs a oferecer a sua ajuda em favor da difusão do Evangelho no mundo.
Um pensamento enfim dirijo aos cristãos que, em várias partes do mundo, encontram-se em dificuldade no professar abertamente a própria fé e no ver reconhecido o direito de vivê-la dignamente. São nossos irmãos e irmãs, testemunhas corajosas – ainda mais numerosos que os mártires nos primeiros séculos – que suportam com perseverança apostólica as várias formas atuais de perseguição. Não poucos arriscam mesmo a vida para permanecer fiéis ao Evangelho de Cristo. Desejo assegurar que sou próximo com a oração às pessoas, às famílias e às comunidades que sofrem violência e intolerância e repito as palavras consoladoras de Jesus: ‘Coragem, eu venci o mundo’ (Jo 16, 33).
Bento XVI exortava: “A Palavra do Senhor se propague e seja glorificada” (2Ts 3, 1): possa este Ano da Fé tornar sempre mais equilibrado o relacionamento com Cristo Senhor, porque somente Nele está a certeza para olhar para o futuro e a garantia de um amor autêntico e duradouro” (Cart. Apos. Porta fidei, 15). É o meu desejo para o Dia Mundial das Missões deste ano. Abençôo de coração os missionários e as missionárias e todos aqueles que acompanham e apoiam este compromisso fundamental da Igreja a fim de que o anúncio do Evangelho possa ecoar em todos os cantos da terra, e nós, ministros do Evangelho e missionários, experimentemos “a doce e confortante alegria de evangelizar” (Paulo VI, Exort. Apost. Evangelii nuntiandi, 80).
Do Vaticano, 19 de maio de 2013, Solenidade de Pentecostes
Francisco
Fonte: http://papa.cancaonova.com/mensagem-do-papa-para-dia-mundial-das-missoes-2013/

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Madre Tereza de Calcutá: o verbo é amar!

Hoje é o dia do Amor ao próximo, dia da Caridade, dia do "Doar sem ver a quem", dia de Luta pela Paz, dia de Madre Tereza de Calcutá.
Em um mundo cheio de carências, onde o medo e a luta são constantes presenças na vida de muitos povos, nada mais contagiante que conhecer um pouco do coração dessa mulher, que tanto fez pelo outro. Uma mulher que ao ouvir de um irmão pobre de rua "Tenho sede!", viu a imagem de Jesus e desde então, não afastou-se dos pobres e amou-os.


"E Deus amou o mundo tanto, que Ele deu seu Filho – era uma dádiva. Deus deu o Filho dele à Virgem Maria, e o que ela fez com ele? Assim que Jesus veio à vida de Maria, imediatamente ela apressou-se para dar aquelas boas novas. E quando ela entrou na casa da prima dela, Isabel, a escritura conta – a criança no útero de Isabel – pulou de alegria. Enquanto ainda no útero de Maria – Jesus trouxe paz para João Batista, que pulou de alegria no útero de Isabel.E como se isso não fosse bastante, como se não fosse bastante Deus, o Filho, deveria se tornar um de nós e trazer paz e alegria, enquanto que ainda estava no útero de Maria; Jesus também morreu na cruz para mostrar aquele amor maior. Ele morreu por você e por mim, e para o leproso e para aquele homem que morre de fome e aquela pessoa desnuda que está na rua, não só em Calcutá, mas na África, e em todos os lugares. Nossas irmãs servem estas pessoas pobres em 105 países ao redor do mundo. Jesus insistiu que nós amemos uns aos outros, da mesma forma que Ele ama cada um de nós. Jesus nos deu a vida dele para nos amar, e Ele nos diz que nós também temos que fazer de tudo para fazer o bem uns aos outros. No evangelho, Jesus nos fala muito claramente: “ame como eu vos amei”.Jesus morreu na cruz porque isso foi necessário para Ele trazer o bem para nós – nos salvar de nosso egoísmo e pecado. Ele deixou tudo, para fazer a vontade do Pai – mostrar-nos que nós também devemos estar dispostos a deixar tudo para fazer a vontade de Deus – amar uns aos outros como Ele ama cada de nós. Se nós não estivermos preparados para fazer todo o possível para trazer o bem uns aos outros, o pecado ainda estará em nós. Isso é porque nós também temos que dar a uns aos outros o nosso máximo.Não é bastante para nós dizer: “eu amo Deus”, mas eu também tenho que amar meu próximo. O apóstolo São João diz que você é um mentiroso, se disser que ama Deus e não ama seu próximo. Como você pode amar a Deus que você não vê, se você não ama seu próximo a quem você vê a quem você toca com quem você convive? E assim é muito importante para nós que entendamos que para aquele amor ser verdade, tem que doer. Eu devo estar disposto a dar tudo para não machucar outras pessoas e, de fato, fazer bem a elas. Isto requer que eu esteja disposto a dar até que doa. Caso contrário, não há nenhum verdadeiro amor em mim e eu trago injustiça, e não paz, para todos ao meu redor.Ser amado. Nós temos que “vestir o Cristo” como a escritura nos diz. E assim, nós fomos criados para amar como Ele nos ama. O próprio Jesus se faz o faminto, o desnudo, o sem-teto, o não desejado, e Ele diz: “você fez isto a mim”. No último dia, Ele dirá a esses à sua direita: “tudo o que você fez ao menor destes, você fez a mim, e Ele também dirá a esses à sua esquerda, tudo o que você negligenciou fazer para o menor destes, você negligenciou fazer isto para mim”.
Madre Teresa de Calcutá

Que amemos cada vez mais os irmão! Que nossa dedicação seja cada vez mais direcionada ao outro, que nossa luta seja por justiça, por paz, pelo direito à educação, pelo direito à saúde! Não nos acomodemos em nossas vidas, pois, um Cristo doou tudo por nós, por nossos pecados!
Obrigada, Madre, pelo exemplo!!!

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Testemunho da Peregrina Alanna Pereira

Foi uma sensação inexplicável, pois tudo que fizemos valeu a pena.  Desde a parte, de ter trabalhado para arrecadar o dinheiro para a nossa viagem, até a parte de sentar no ônibus, encarar mais ou menos seis horas de viagem, para chegar lá e enfrentar o banho gelado ou enfrentar a fila para o banho morno, passar frio durante a noite, enfrentar chuva, enfrentar filas, sentir dores pelo o fato de andarmos durante o dia inteiro, enfim ter passado por pequenos sufocos.  E foi ótimo virar para o lado e ver várias pessoas sorrindo, transmitindo alegria, e perceber que o mundo inteiro esteve lá pela fé.
As palavras e ações do Papa Francisco encantaram a todos com sua humildade, singeleza e doçura. Ide e fazei discípulos entre todas as nações foi o tema dessa Jornada, e disso, eu tenho certeza que nossa Juventude será capaz.
Uma experiência maravilhosa. Se fosse possível, gostaria de poder viver tudo novamente. Foram experiências que vão ficar guardadas em meu coração! Não foi apenas poder ver o Papa Francisco de perto, mas em sentir que Jesus e Maria estavam presentes entre nós e entre todos os três milhões e meio de peregrinos.
Foi emocionante. Quando o Papa Francisco passou, a impressão que dava é que ele olhava pra cada um, e o seu sorriso enchia os corações de Paz e Alegria. Não teve cansaço, não teve chuva, sede ou fome. Fomos alimentados e conduzidos pela fé.As adorações, testemunhos, shows, louvores... À cena do Papa Francisco acenando pra nós. Tudo isso vai ficar registrado na memória para o resto da vida.
A Jornada Mundial da Juventude 2013 terminou no Rio, mas continua viva dentro de mim.
Alanna é integrante de nosso grupo de jovens e essa é sua primeira Jornada Mundial!


sexta-feira, 12 de julho de 2013

A JMJ já começou!

Sim! A Jornada Mundial da Juventude está chegando! Para quem ainda está por fora e não faz a mínima ideia do que seja, vê na TV, mas ainda não viu nenhuma explicação detalhada, acesse: http://www.rio2013.com/pt/a-jornada/o-que-e-jmj.
Programações são organizadas no Brasil inteiro para a preparação do Evento, o que chamamos de Pré-Jornada. Vigílias, formações, "Flash Mobs", Dia Mundial de Oração pela JMJ e etc. foram realizados para a preparação dos jovens que vão para o Rio e para os grupos e comunidades entrarem no clima.
Alguns eventos nas fotos abaixo:

Encontro de Formação do YOUCAT Região Diadema, realizado na Paróquia Bom Jesus Piraporinha, Diadema-SP.


Celebração dos Jovens com o Bispo Dom Nelson e entrega dos YOUCATs.


Pré-Jornada Afonsiana em Tiradentes.
Flash Mob realizado pelos jovens da Diocese de Santo André.

Agora, nossa próximo e último evento que acontecerá será a Semana Missionária, no qual haverá diversas atividades no Brasil inteiro para os jovens estrangeiros, que ficam hospedados nas paróquias, se integrarem com os jovens brasileiros e conhecer nossa realidade. 

A JMJ de 2013 tem nos proporcionado experiências renovadoras para todos os jovens que estão participando dos que já vêm acontecendo. E não é só dos momentos de preparação espirituais que, como o nome diz, prepara nosso espírito para o que ainda vem pela frente, mas, também, os dias de arrecadação de fundos que os grupos têm se empenhado para que possam participar. Conhecemos jovens diferentes, de realidades diversas, mas, que possuem as mesma dificuldades. Podemos partilhar o nosso orgulho de sermos parte dessa Igreja que tem sido renovada pelo olhar jovem e inovador que muitas vezes são vistos com maus olhos. Podemos renovar nossa fé, nos alegrar e criar muito mais expectativas sobre a Semana tão esperada.

Uma vez ouvi dizer que a jornada não começa apenas nesta semana tão esperada e sim na preparação dos grupos desde o dia que decidem participar da JMJ e quem está aproveitando o momento e participando das atividades de Pré-Jornada sabem disto. E não devemos nos esquecer que o mais importante é a Pós-Jornada, no qual somos chamados a ir e fazer discípulos em todas as nações (Mt. 28, 29).

É claro que nós, do Blog da Família JUPAC, não vamos deixar você de fora desta! Acompanhe conosco os preparativos para a JMJ Rio2013!!!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Santo Antônio... de Pádua, de Lisboa. Muito além do Santo Casamenteiro: um exemplo de humildade.



            Neste dia 13 de Junho a Igreja Católica apostólica romana celebra Santo Antônio. De Pádua ou de Lisboa, como queiram. Um dos Santos mais conhecidos e mais venerado em todo o mundo. Dia de festa junina. Santo Antônio é mais que um santo casamenteiro, ele foi um grande anunciador do Evangelho deixou o grande exemplo de uma vida coerente com aquilo que se prega: “Maior característica de Santo Antônio é a busca por uma vida coerente. Pois ele sabia que muito mais que anunciar é preciso ter a vivência da palavra de Deus, mirando o exemplo dos santos”, diz Lilson Rodrigues, pároco da Paróquia Santo Antônio, de Cachoeira Paulista, interior de São Paulo. Conheçamos mais sobre a vida deste Santo.
           
Vocação Religiosa desde a infância

            Nascido em Lisboa por volta de 1193, Batizado com o nome de Fernando Martins, ingressou na Ordem dos Cônegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de São Vicente de Fora. Fernando teve uma vida farta e estudou nos melhores escolas. Mas depois ingressar na vida religiosa na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, o jovem  sacerdote pede para ser transferido para Coimbra a fim de ficar longe do assédio da família que não aceitava sua escolha pela pobreza, onde pode aprofundar seu conhecimento com o próprio Santo Agostinho, e com outros Padres da Igreja. Adquiriu profundo conhecimento das sagradas escrituras, base das suas futuras pregações. Aí tornou-se sacerdote.
            Fascinado pelas propostas de desapego aos bens materiais da doutrina Fransciscana, interpretou como sinal divino o recebimento de restos mortais de mártires Franciscanos por Coimbra, em 1220.  Tendo manisfestado seu desejo de mudança de Ordem Eclesiástica e tendo recebido autorização dos superiores, o cônego Fernando recebeu o hábito dos Frades Menores algum tempo depois, tomando o nome de Frei Antônio.

Humildade e aceitação da vontade de Deus

            Decorridos apenas cinco meses de noviciado, conseguiu ser enviado para a terra que dera os primeiros mártires à Ordem Franciscana. Imagina que aí seria o auge de sua vida religiosoa e santidade. Porém Deus queria dele uma luta mais longa e difícil, cujo primeiro passo consistia na inteira renúncia à própria vontade. Pouco depois de desembarcar em solo africano, fortes febres o acometeram, tornando-o incapaz de qualquer atividade, e o superior enviou-o de volta à Europa.
            Na viagem de retorno, o navio foi arrastado por uma tempestade para as costas da Sicília. Após passar alguns meses no convento de Messina, Frei Antônio dirigiu-se a Assis, onde se realizaria um Capítulo Geral da Ordem, nas vésperas de Pentecostes de 1221, presidido pelo próprio São Francisco.
            Encerrada a Assembleia, sendo ainda desconhecido no meio daquela multidão de frades, pediu ao Provincial de Romandiola que o acolhesse como subalterno, e passou a viver no Eremitério de São Paulo. Ignorando sua linhagem e formação, deram-lhe a função de ajudante de cozinha, a qual assumiu sem titubear. Deste modo, passou longos meses no mais completo anonimato, tendo por cela uma gruta e tudo aceitando sem a menor reclamação.

O início da vida pública

            Certa vez,  o supervisor pede para ele fazer o sermão do dia de improviso em uma celbração litúrgia na qual estavam presentes alguns filhos de São Francisco e de São Domingos, e na qual vários religiosos receberam o Sacramento da Ordem. E todos ficaram surpresos com sua facilidade e sabedora para anunciar o Evangelho. ao terminar, ninguém mais se lembrava do fato de ser ele um apagado cozinheiro, transmudado diante de todos, agora, num insigne predicador.
            Assim se iniciou a vida pública de Santo Antônio de Pádua. A batalha contra si mesmo e contra o mal, conduzida até aquele momento na solidão e austeridade do claustro, tomava ali uma proporção missionária. Deus o chamava a evangelizar as multidões, auxiliando-as, através do ministério da palavra, na perpétua e ferrenha luta do homem contra o pecado.

Não devemos ficar calados diante do mal

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Conhecendo um pouco mais sobre o Sagrado Coração de Jesus: A Devoção


A Solenidade do Sagrado Coração é uma celebração de origem relativamente recente, embora a ideia seja muito antiga, pois está enraizada na Sagrada Escritura. A grande propagadora dessa devoção foi Santa Margarida Maria, que, entre os anos de 1673 e 1675, teve uma série de visões nas quais Cristo lhe pediu que trabalhasse para a instituição de uma festa em honra a Seu Sagrado Coração.
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Dessa forma, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus é a devoção a Cristo. No entanto, nossa devoção não deve permanecer no nível do sentimento. Devotio, palavra latina que deu origem à palavra "devoção", é muito mais forte do que seus equivalentes nas línguas atuais. No contexto religioso indica a determinada vontade de fazer a vontade de Deus, ou seja, esta devoção é feita por aceitar o convite de Cristo para tomar a nossa cruz e segui-Lo. A devoção ao Coração de Jesus decorre da meditação dos textos biblícos, esta relação foi confirmada pelo Papa Pio XII na Encíclica Haurietis Aquas, sobre o culto ao Sagrado Coração de Jesus. Afirma o Sumo Pontífice que: “Com todo esse amor, terníssimo, indulgente e longânime, mesmo quando se indigna pelas repetidas infidelidades do povo de Israel, Deus nunca chega a repudiá-lo definitivamente; mostra-se, sim, veemente e sublime; mas, contudo, em substância isso não passa do prelúdio daquela inflamadíssima caridade que o Redentor prometido havia de mostrar a todos com o seu amantíssimo coração, e que ia ser o modelo do nosso amor e a pedra angular da Nova Aliança”. Dentre as fundações bíblicas destacamos, do Antigo Testamento, a Aliança de Deus com o povo, narrada no livro de Deuteronômio: "Escuta, Israel: O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças. E estas palavras que hoje te ordeno estarão sobre o teu coração" (Dt 6,4-6). No Novo Testamento, o Evangelho de São João traz dois trechos que são centrais no culto ao Sagrado Coração de Jesus: “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba, quem crê em mim — conforme diz a Escritura: Do seu interior correrão rios de água viva” (Jo 7, 37-38).“Chegando a Jesus viram que já estava morto. Por isso, não lhe quebraram as pernas, mas um soldado golpeou-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água” (Jo 19, 33-34). Na tradição cristã, o sangue é interpretado como um símbolo do sacrifício e do mistério Eucarístico. A água simboliza o Espírito Santo, que flui de Cristo à Igreja. Este Coração é uma fonte inesgotável de vida e de bênção.

Outros Santos Padres também recomendaram essa devoção. Além da Haurietis Aquas, do Papa Pio XII, encontramos, na Carta Apostólica Investigabiles Divitais Christi, do Papa Paulo VI, a afirmação de que essa devoção é uma ótima maneira de honrar a Jesus, observando inclusive a estreita relação entre ela e o mistério Eucarístico. O saudoso Papa João Paulo II, em sua primeira encíclica, Redemptor Hominis, afirmou que: “A redenção do mundo — aquele tremendo mistério do amor em que a criação foi renovada é, na sua raiz mais profunda, a plenitude da justiça num Coração humano”, por diversas vezes ele associou o Coração de Cristo a cada coração humano.

Portanto, o  coração é o símbolo que fala do interior e do espiritual. Desta forma, o Senhor ilumina o coração humano e o convida a compreender e mergulhar nas "insondáveis riquezas" que brotam de Seu Coração. Jesus nos atrai para Seu Coração e fala ao nosso coração, porque deseja comunicar todo o Seu amor, para que tenhamos um coração semelhante ao d'Ele.

Vamos cantar essa canção de Rinaldo e Samuel, Sagrado Coração:

"O Teu Amor me envolve,
O Teu Amor me protege,
És o meu Porto Seguro
O melhor lugar de estar é o Teu coração,

Sagrado coração.

Por onde eu ando sinto sua presença
Em todos os lugares está sempre perto de mim
Em minhas escolhas vens me iluminar
Como posso te deixar se mesmo quando eu erro vens me amar
E me ajudas a acertar e na tua direção caminhar
Como seria a minha vida se as tuas mãos não estivessem sobre mim
Como seriam os meus sonhos se o teu espírito não habitasse em mim

O teu amor me envolve
O teu amor me protege
És o meu porto seguro
O melhor lugar de está é o teu coração

Sagrado coração





Fonte: Vicent Ryan - Sagrado coração de Jesus- Formações Canção  Nova. Disponível em: <http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12824>.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Os Três Segredos de Fátima


Na última postagem, descrevemos brevemente as aparições de Nossa Senhora do Rosário, em Fátima, Portugal. Saibamos agora mais sobre os seus três segredos. O termo segredo é usado, pois designa o tempo de espera que os fieis do mundo todo aguardaram, visto que ficaram sob sigilo da Irmã Lúcia por décadas. Hoje, claro, não são mais segredos, mas revelações de suma importância para nossa Fé.  

- O Primeiro Segredo de Fátima: A visão do inferno.

“Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados nesse fogo os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronzeadas com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que delas mesmas saiam, juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faíscas em grandes incêndios: sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demônios distinguiam-se por formas horríveis de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, e graças à nossa boa Mãe do Céu; que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Céu (na primeira aparição) se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor.”
(Irmã Lúcia de Jesus. “Terceira Memória”. Carta destinada ao Bispo de Leiria-Fátima. 31 de Agosto de 1941. Documento divulgado pela Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé). 

- Segundo Segredo de Fátima: A Segunda Guerra Mundial.

“Em seguida, levantamos os olhos para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza:
‘Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores, para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu disser salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra [Primeira Guerra Mundial] vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior [Segunda Guerra Mundial, o que de fato, infelizmente, aconteceu]. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração triunfará [em meio à tanto horror Nossa Senhora assegura a vitória do bem]. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz.”
(Irmã Lúcia de Jesus. “Terceira Memória”. Carta destinada ao Bispo de Leiria-Fátima. 31 de Agosto de 1941. Documento divulgado pela Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé). 

Monsenhor João Clá Dias comenta o episódio:

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Nossa Senhora de Fátima


Em 13 de Maio de 1917 na Cova da Iria, Portugal, deu-se início à serie de seis aparições de Nossa Senhora à três pastores ainda crianças: Lúcia de Jesus (dez anos), Francisco Marto (nove anos) e Jacinta Marto (sete anos). Nestas aparições a Mãe de Deus pediu orações incessantes para a salvação das almas e anunciou grandes acontecimentos. Conheça mais das aparições de Nossa Senhora de Fátima.



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Deus faz preceder suas grandes intervenções na história por numerosos e variados sinais.

Com frequência, serve-se Ele de homens de virtude insigne para transmitir aos povos suas advertências, ou predizer acontecimentos futuros.
Desse modo procedeu o Padre Eterno em relação ao advento do Messias, seu Filho Unigênito. A magnitude de tal fato, em torno do qual gira a história dos homens, exigia uma longa e cuidadosa preparação. Assim foi ele prenunciado durante muitos séculos pelos Profetas do Antigo Testamento, de tal forma que, por ocasião do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, tudo estava maduro para sua vinda ao mundo. Até entre os pagãos, muitos esperavam algo que desse solução à crise moral na qual os homens de então estavam imersos. É fácil, à luz desta regra, avaliar a importância das previsões de Fátima, pois quem no-las anuncia não é um Anjo, nem um grande santo, mas a própria Mãe de Deus.
Já na época das aparições de Fátima, nos primeiros anos deste nosso século, os acontecimentos mundiais faziam entrever o que seria a triste história contemporânea. De um lado, um progresso material quase ilimitado, a par de uma decadência de costumes como nunca antes se vira. De outro lado, guerras e convulsões sociais de proporções terríveis. A Primeira Guerra Mundial foi um exemplo dessa realidade, largamente superada pela Segunda Guerra Mundial e por tudo quanto se lhe seguiu.
Como Mãe solícita e afetuosa, quis Maria Santíssima, evitar todos esses males a seus filhos. Por isso, desceu do Céu a fim de alertar a humanidade para os riscos que corria se continuasse nas vias tortuosas do pecado. Veio, ao mesmo tempo, indicar os meios de salvação: a recitação do Rosário, a prática dos Cinco Primeiros Sábados, a devoção ao Imaculado Coração de Maria.

A Primeira Aparição: 13 de Maio de 1917

13 de maio de 1917. Lúcia, Francisco e Jacinta, após a Missa na igreja de Aljustrel, lugarejo de Fátima, foram pastorear o rebanho de ovelhas nas terras do pai de Lúcia, na Cova da Iria.
Após um como que clarão de relâmpago, num céu luminoso e sereno, sobre uma carrasqueira de metro e pouco de altura apareceu-lhes a Mãe de Deus.
Segundo as descrições da Irmã Lúcia, era "uma Senhora vestida toda de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente". Seu semblante era de uma inenarrável beleza, nem triste, nem alegre, mas sério, talvez com uma suave expressão de ligeira censura. Como descrever em pormenores seus traços? De que cor os olhos, os cabelos dessa figura celestial? Lúcia nunca o soube dizer ao certo!
O vestido, mais alvo que a própria neve, parecia tecido de luz. Tinha as mangas relativamente estreitas e era fechado no pescoço, descendo até os pés, os quais, envolvidos por uma tênue nuvem, mal eram vistos roçando as franças da oliveira. Um manto lhe cobria a cabeça, também branco e orlado de ouro, do mesmo comprimento que o vestido, envolvendo-lhe quase todo o corpo. "As mãos, trazia-as juntas em oração, apoiadas no peito, e da direita pendia um lindo rosário de contas brilhantes como pérolas, terminando por uma cruzinha de vivíssima luz prateada. [Como] único adereço, um fino colar de ouro-luz, pendente sobre o peito, e rematado, quase à cintura, por uma pequena esfera do mesmo metal"
Nesta primeira aparição, Nossa Senhora pede aos três pastorinhos que venham seis meses seguidos, no dia 13, à mesma hora. E diz que ainda viria uma sétima vez.
"Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de suplica pela conversão dos pecadores?”
À resposta afirmativa das crianças, Ela acrescentou: "Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto".
Foi ao pronunciar estas palavras que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que nos penetrava no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-os ver a eles mesmos em Deus em uma luz mais clara do que se vê no melhor dos espelhos. Então, por um impulso íntimo, também comunicado, caíram de joelhos e repetiam intimamente: “Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento”.
Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou: “Rezem o Terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra”. [Primeira Guerra Mundial].
E Nossa Senhora se elevou serenamente, subindo em direção ao nascente, até desaparecer no Céu.
A celeste Mensageira havia produzido nas crianças uma deliciosa impressão de paz e de alegria radiante, de leveza e liberdade. Parecia-lhes que poderiam voar como os pássaros. De tempos em tempos, o silêncio em que tinham caído era cortado por esta jubilosa exclamação de Jacinta:
“Ai! que Senhora tão bonita! Ai! que Senhora tão bonita!”
Nas aparições, a Virgem Santíssima falou apenas com Lúcia, Jacinta só ouvia o que Ela dizia e Francisco não A ouvia mas apenas via.

Segunda aparição: 13 de junho de 1917

Já com a presença de 50 pessoas na Cova da Iria, os três pastorinhos viram de novo o reflexo da luz (a que chamavam relâmpago) que se aproximou da carrasqueira. Nossa Senhora queria que voltassem no próximo dia 13, que rezassem o Terço todos os dias e aprendessem a ler.
Lúcia pede para que Ela os leve para o Céu. "Sim, à Jacinta e ao Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o seu trono". [De fato Lúcia foi a última a ser levada para a morada celeste, falecendo no dia 13 de Fevereiro de 2005; fora Irmã Dorotéia de 1921 até o dia de sua morte. Francisco falecera em 4 de Abril de 1919. E Jacinta fora levada aos Céus em 20 de Fevereiro de 1920. Jacinta e Francisco foram beatificados pelo Papa João Paulo II a 13 de Maio de 2000].
A Virgem anima Lúcia, dizendo que nunca a deixará. "O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus."
De novo, abriu as mãos e lhes comunicou o reflexo de intensa luz, como que submergindo-os em Deus. E na palma da mão direita de Maria estava um Coração cercado de espinhos que pareciam estar nele cravados. Era o Imaculado Coração de Maria ultrajado pelos pecados da humanidade, querendo reparação! Aos poucos essa visão se esvaeceu diante das vistas enlevadas dos três pastorinhos.
E Nossa Senhora, resplandecente de luz, subiu suavemente para o leste, até desaparecer.

Terceira aparição: 13 de Julho - Os Três Segredos de Fátima

Lúcia, até a tarde do dia anterior, estava resolvida a não comparecer à Cova da Iria. Mas, ao se aproximar a hora, numa sexta-feira, sentiu-se impelida por uma força estranha, à qual não lhe era fácil resistir. Foi ter com os primos, aos quais encontrou no quarto, de joelhos, chorando e rezando, pois não queriam ir sem Lúcia. As três crianças, então, se puseram a caminho.
Chegando ao local das aparições, surpreenderam-se com mais de 2 mil pessoas aguardando o extraordinário acontecimento. O pai de Francisco e Jacinta, Sr. Marto, narrou ter visto uma nuvenzinha acinzentada pairar sobre a oliveira, enquanto o sol se turvava e fresca aragem soprava.
"Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem; que continuem a rezar o Terço todos os dias em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer" Disse nossa senhora na aparição.
E Lúcia revela que Nossa Senhora pediu para eles se sacrificarem pelos pecadores e dizerem muitas vezes, em especial sempre que fizerem algum sacrifício:
"Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores, e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria".
Maria Santíssima revela, então, aos três pastorinhos a primeira parte do segredo de Fátima: a visão do inferno; a segunda parte do segredo: o anúncio do Castigo [Segunda Guerra Mundial] e dos meios para evitá-lo. A terceira parte do segredo permaneceu desconhecida até 26 de junho de 2000. Nesta data, foi ela divulgada por determinação de S.S. o Papa João Paulo II.
Nossa Senhora, então, elevou-se em direção ao nascente, até desaparecer no firmamento. O final da aparição, segundo Sr. Marto, foi indicado por uma espécie de trovão.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Mas, o que é ser jovem?


   


Se você é daqueles que chegou a uma certa maturidade,  que seus amigos ficam fazendo as típicas piadinhas como quando lembram de algo bem antigo e dizem "É DA SUA ÉPOCA", ou "FULANO é sobrevivente do Big Bang", algo parecido... Não se preocupe, não se sinta velho, afinal, velhice é questão referência. 
 Muitos confundem juventude com infantilidade, irresponsabilidade, inquietude, escândalo, ou algo parecido, mas, não é bem assim.
             Encontramos um texto que faz essa mesma reflexão:
           

"O QUE É SER JOVEM ?
                                       

Será que é apenas uma questão de idade ?

Claro que não... 

Certa vez, ouvi sobre um homem de 78 anos que andava de skate, participava de maratonas  e tinha uma disposição invejável em comparação a pessoas de 20 anos. 

Esse "senhor" foi medalhista olímpico várias vezes consecutivas e até hoje coleciona títulos desportivos.
Por isso, creio que ser jovem é muito mais uma questão  de   espírito do que, propriamente, de corpo.  

Ser jovem não é ser irresponsável, como ocorre como freqüência. Ser jovem não é ser tolo, ou fútil, ou inconseqüente diante da vida e do mundo. Há várias formas de ser jovem e nenhuma delas, creio, restringe-se às aparências. 

Infelizmente, vivemos em uma sociedade de estereótipos que camuflam a verdadeira essência das pessoas e, inclusive, a verdadeira essência da juventude. Entretanto, por  trás de todos os falsos rótulos,  o ser humano ainda busca respostas para perguntas que serão eternas, como esta:

                                    O que é ser jovem ?"                                                                      Juliana Silva Valis

      Está se sentindo melhor agora? Ou se encaixa no grupo dos jovens com cabeça de velho? 
        Calma! Ainda tem tempo de rever seus conceitos, rever suas atitudes perante a vida, suas responsabilidades e, principalmente, saber  ver o que existe em seu coração!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Duas crianças. Um prato vazio. E uma lição.



"Em um mundo capaz de produzir o dobro dos alimentos que necessita, 3.5 milhões de crianças morrem por ano de desnutrição. Deveríamos aprender..."
"Desde a infância compartilhar é algo natural." Quem nos "roubou" esta capacidade? Ou será que fomos nós mesmos? Sua atitude faz a diferença.
Informe-se e compartilhe: http://www.accioncontraelhambre.org/ 


segunda-feira, 8 de abril de 2013

99 Balões - um vídeo emocionante em favor da vida


Antes de lerem a reflexão, vejam este vídeo.



Emocionante, não? Motivador. Uma verdadeira lição de vida.

Estamos em uma sociedade que insiste em defender práticas desumanas, cruéis e contra o Projeto de Deus com os mais diversos argumentos que giram em torno da liberdade e do livre arbítrio.
Sim, Deus quer que o ser humano seja efetivamente livre; o livre arbítrio é um grande dom dado por Deus à humanidade, prova de seu imenso e desinteressado amor por ela. No entanto Deus é Justo e quer que respondamos pelas consequências de nossos atos nesta vida terrena e na eternidade também! É isso que muitas pessoas não querem: responder pelos seus atos e enfrentar as consequências destes.
Há defensores do aborto para gravidez indesejadas, para gravidez onde os pais não possuem condições socioeconômicas de sustentar os filhos, para casos onde se constata  durante a gravidez uma doença grave na criança, etc.
Mas o que leva a uma gravidez indesejada? Uma vida sexual desregrada; a vulgarização dos corpos, sobretudo dos jovens e mais acentuadamente das jovens do sexo feminino; falta de planejamento familiar. Em resumo: pecados ou violações contra a castidade. O mundo nos oferece o prazer desenfreado a qualquer custo, e depois quando as consequências vêm querem cometer atrocidades para impedi-las: daí vem a pressão pela liberação do aborto, por exemplo. Um erro para justificar o outro! Aborto é uma barbárie e não pode ser defendido jamais. Somos Católicos Apostólicos Romanos, somos Cristãos: somos a favor da vida, ainda mais de seres indefesos!
O vídeo acima mostra uma família com condições socioeconômicas favoráveis, um casal que se ama e que teve um filho com uma doença incurável. Muitos defenderiam o aborto, já que a ciência nem acreditava no nascimento e a gestação era de risco. O casal, unido no amor, ciente que os planos de Deus são maiores se recusou a matar o bebê no ventre de sua mãe. A gravidez prosseguiu. O próprio nascimento já foi um milagre que a ciência não pode explicar: é o poder de Deus se manifestando! No 96º dia de sua vida Eliot respirou sem auxílio de tubos: outro milagre! E depois de 99 dias mais um anjinho subiu ao céu!
Certamente cada segundo desta vida foi curtido pelos seus pais e familiares. As barreiras superadas por Eliot serão usadas como inspiração, exemplo e motivação para muitas pessoas. E o vídeo termina com uma forte, emocionante e firme afirmação de Fé em Deus: “Javé me deu tudo e Javé tudo me tirou. Bendito seja o nome de Javé!” (Jó 1; 21)      

domingo, 31 de março de 2013

Vigília Pascal


“Ó noite de alegria verdadeira que uniu de novo o Céu e a Terra inteira”.
Sim: vivenciamos novamente, pela nossa Fé e pela Liturgia a mais solene das noites. A noite em que a história da Salvação da Humanidade atingiu seu ápice: a morte foi vencida pelo Senhor da Vida. O mal já não tem poder sobre o discípulo que crê e age conforme o ensinamento de Cristo.
A Cruz de Cristo, que na Sexta Feira parecia ser um fracasso se torna o símbolo da maior vitória da História. Cristo venceu a morte e garante a mesma vitória à quem nele crê a coloca seu ensinamento em prática: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (João 11, 25).
No Sábado de Aleluia a liturgia inicia-se com o Fogo Novo ainda fora da igreja. Este fogo deve ser obtido a partir atrito de pedras ou gravetos, a forma natural de se conseguir o fogo. Ele simboliza a luz de Cristo que dissipa as trevas. “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8.12). E tal como Cristo Ressuscitou da morte, o Fogo Novo surge de uma situação aparentemente adversa. O Círio Pascal possui inscritos a Cruz, o ano em curso, o Alfa e o Ômega, respectivamente a primeira e a última letra do alfabeto Grego: Jesus é o início e fim de todas as coisas. Uma série de leituras são feitas ainda à luz de velas, acessas uma a uma a partir da chama do Círio Pascal, que por sua vez foi acesso no Fogo Novo e, que representa a Luz de Cristo. Esta simples experiência nos mostra a importância de nossa missão de discípulos de Cristo. Aparentemente a chama de uma vela é muito pequena: no entanto diante de grande escuridão já se torna uma luminosidade considerável; assim também em nossa vida: uma pessoa que leve a palavra de Cristo, uma ajuda a alguém necessitado pode fazer grande diferença e dissipar as trevas que assolam a vida desta pessoa. E a partir de uma chama, repassada, toda a assembleia consegue participar da liturgia; em nossa vida, compartilhar o ensinamento de Cristo e suas ações é indispensável para podermos multiplicar as graças de Deus, conforme nos alerta o próprio Cristo, Luz do Mundo: “Ninguém acende uma lâmpada e a cobre com um vaso ou a põe debaixo da cama; mas a põe sobre um castiçal, para iluminar os que entram.” (Lucas 8; 16)
A Liturgia perpassa por grandes feitos de Deus na história de seu povo: a Criação do mundo, a provação de Abraão, a Arca de Noé, a Passagem do Mar Vermelho, e perpassa por profecias, intercaladas com Salmos de Louvor às proezas do Altíssimo. Após as leituras, acendem-se as luzes ao som do Hino de Louvor, cantado por toda a assembleia e ao som dos sinos: o povo aclama, como nas leituras, o nome de Javé. O Hino de louvor é entoado novamente depois de omitido durante toda a quaresma e só entoado na Semana Santa na Quinta-Feira, dia da Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. O toque dos sinos quebra definitivamente o silêncio: é hora de render louvores ao Altíssimo; estamos na mais sublime das noites.
O bem venceu o mal; a Vida superou a morte; a Luz venceu as trevas. Devemos comemorar, evidente. Mas o mundo não vai ser salvo do dia para a noite se cada um de nós não fizer nossa parte. É necessário que a reflexão de toda a quaresma se frutifique de forma prática em nossas atitudes para que não sejamos uma luz embaixo do vaso. Deus nos deu o dom da vida, a graça da redenção na Cruz de Jesus e a oportunidade de estarmos cientes de tudo isso. E também nos deu o livre arbítrio: Deus não que sejamos suas marionetes; Ele quer que creiamos e O busquemos por livre e espontânea vontade. E este mesmo livre arbítrio permite que muitos irmãos e irmãos prefira o caminho das trevas. É nosso dever de Cristãos comprometidos com o Reino tentar levar a Salvação à todos:
“Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura (Marcos 16:15)”
“Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!” (1Cor 9, 16)
“Aquele servo que conhece a vontade de seu senhor e não prepara o que ele deseja, nem o realiza, receberá muitos açoites. Mas aquele que não a conhece e pratica coisas merecedoras de castigo, receberá poucos açoites. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido.” (Lucas 12: 47-48)

 Feliz Páscoa!!!

sexta-feira, 29 de março de 2013

Não podemos desprezar tamanho mistério de Amor - Diácono Nelsinho Corrêa


Reze comigo: "Por tua Paixão, Senhor, tem misericórdia da minha insensibilidade e da minha ignorância! Tem misericórdia daqueles que não valorizam este dia e o vosso santo sacrifício. Misericórdia, Senhor!"
Supliquemos a graça de entrarmos no mistério deste dia. Não foi um “boneco” que morreu por nós na Cruz!
Vemos o Crucifixo no pescoço do traficante, vemos o Crucifixo na parede do bar, onde ainda se vende bebidas alcoólicas até mesmo para menores.
Estou chorando. E não de tristeza. Mas pedindo misericórdia por mim e por minha Família, e também por aqueles que ignoram a graça própria deste dia.
Paixão significa um intenso afeto. Imagine o sofrimento de Jesus na Cruz. Não podemos desprezar tamanho mistério de amor!
Você já apanhou na cara? Já foi esbofeteado de um jeito que ficou “sem rumo”? Já levou cusparadas? E o mais interessante é que Jesus estava consciente de que iria passar por tudo isto.
Em João 13,21 diz: “Depois de dizer isso, Jesus ficou interiormente perturbado e testemunhou: ‘Em verdade, em verdade, vos digo: um de vós me entregará’”.
Outra tradução afirma que Jesus “estremeceu” por dentro. Alguém já estremeceu interiormente diante do sofrimento?
Mas há outra tradução ainda mais forte que esta. Ela afirma que Jesus ficou profundamente comovido. Quem aqui já ficou profundamente comovido? Jesus ficou assim. Talvez até falando com a voz embargada. Ele não disse que alguém iria entregá-lo “sorrindo”! Não. E isto é o mais lindo: Jesus é este Deus humano. Que sofre. Que chora. Que estremece por dentro.
E as pessoas querem tirar o Crucificado das repartições públicas. Quando são para se fazer as leis, as pessoas afirmam que o estado é “laico”. Mas na hora da tragédia, da desgraça, estas mesmas pessoas recorrem ao Senhor pedindo misericórdia.
Você que é pai precisa dar um beijo no seu filho. Não adianta bancar o “macho”. Quem é “macho” é bicho! E você bancando o "machão" grita com a sua esposa na frente dos seus filhos. E você que é mãe fica acusando o seu marido também na frente das crianças. Jesus está profundamente comovido diante de situações como estas.
Quanto tempo faz que você não diz “eu te amo” para as pessoas de sua própria família? O Senhor está profundamente comovido com esta situação!
Ele também se dirige a nós que trabalhamos dentro da Igreja. Somos tão “carismáticos” dentro da Igreja mas, dentro do lar, somos como um “jumento” em forma de gente, dando “coice” em todo mundo! E o Senhor se comove com situações como esta.
Tem irmão que não fala mais com o outro irmão por causa de inventário, casa para alugar e tantas outras coisas. Famílias divididas, pessoas rancorosas, tudo isto comove o coração de Jesus.
Jesus disse que um dentre seus discípulos havia de entregá-lo. Você já sentiu a dor da traição? Quem já experimentou isto, sabe o quanto dói!
Jesus está profundamente comovido diante da situação de muitas nações. Principalmente na Europa. Países onde o Catolicismo sempre foi tão forte, nos quais tantos missionários surgiram e foram enviados em missão. Hoje estas nações ignoram a Cruz de Cristo.
Líderes que zombam da Cruz do Senhor. Países onde existem dois pesos e duas medidas. Estão querendo destruir o modelo tradicional de família. Jesus comove-se diante da ignorância do povo longe de Deus, que já não O respeita mais.
Quantos vivem a Quaresma e a Semana Santa sem estar “nem aí” para a graça própria deste dia. Indo para Cruzeiro (SP) cruzei, na estrada, com um casal de moto. Na garupa, a moça levava uma latinha de cerveja. Rezei por eles e fiquei pensando naquelas pessoas que abusam nas estradas, sofrem um acidente e blasfemam contra Deus!
Mas o Senhor comove-se diante de tanta miséria e dor! Como é maravilhoso tocarmos neste Deus tão humano! O Verbo se fez carne. Fez-se um de nós. É por isto que Ele nos entende tanto.
As pessoas do tempo de Jesus esperavam um Messias político, como um general que caminhasse à frente do exército e exterminasse os pagãos. Mas Jesus não é um Messias assim. Ele nos fala de amor.
E quantos de nós, diante deste amoroso Senhor, ficamos revoltados porque, ao invés da tal prosperidade, acaba enfrentando uma doença, uma privação.
Esta Semana Santa nos ajuda a “quebrar o ritmo”. Vivemos numa agitação louca! É preciso parar e mergulhar neste mistério da Paixão do Senhor.
Jesus está profundamente comovido quando “entregamos” a nossa Igreja. E fazemos isto quando atacamos nossos sacerdotes, questionamos o ensinamento do nosso Papa. É preciso ter respeito pelos padres!
Quando aconteceu aquele verdadeiro ataque sobre a Igreja, há algum tempo atrás, sobre aqueles casos de pedofilia, teve muito católico “bola murcha”, de “meia tigela”, que se colocou contra a Igreja. Bento XVI tratou esses casos com toda a seriedade. E veja que foram 1% dos casos de pedofilia que envolveram padres! Mas a Igreja tratou e continua tratando desses assuntos com toda a atenção. Mas o que aconteceu? Muitos, que se dizem católicos, abandonaram a Igreja e trataram os padres como se eles não fossem “um outro Cristo” entre nós, ou seja, generalizaram, tratando os padres como se não houvesse mais nenhum padre santo, fiel ao seu chamado, em nosso meio.
Deste tipo de católico a Igreja não precisa! Nesta Sexta-feira Santa, renovemos nosso compromisso em permanecer na Igreja e com a Igreja.

(Diácono Nelsinho Corrêa)

As Sete Palavras de Cristo na Cruz


De pé, junto a Cruz, Maria, pervadida de angústia e de dores, ouvia de seu Divino Filho as últimas palavras.

Afirma São Tomás que "o último na ação é o primeiro na intenção". Pelos derradeiros atos e disposições de alma de quem transpõe os umbrais da eternidade, chegamos a compreender bem qual foi o rumo que norteou sua existência. No caso de Jesus, não só na morte de cruz, mas também, de forma especial, em suas última palavras, vemos os sentido mais profundo de sua Encarnação. Nelas encontramos uma rutilante síntese de sua vida: constante e elevada oração ao Pai, apostolado através da pregação, conduta exemplar, milagres e perdão.
A cruz foi o divino pedestal eleito por Jesus para proclamar suas últimas súplicas e decretos. No alto do Calvário se esclareceram todos os seus gestos, atitudes e pregações. Maria também compreendeu ali, com profundidade, sua missão de mãe.
Jesus é a Caridade. A perfeição dessa virtude, nós a encontramos nas "Sete Palavras". As três primeiras tem em vista os outros (inimigos, amigos e familiares); as demais, a Si próprio.


Primeira Palavra: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23, 34)

Pai - É o mais suave título de Deus. Nessa hora extrema, Jesus bem poderia invocá-Lo chamando-O Deus. Percebe-se, entretanto, claramente a intenção do Redentor: quis afastar, dos fautores daquele crime, a divina severidade do Juiz Supremo, interpondo a misericórdia de sua paternalidade. Chega-se a entrever a força de seu argumento: se o Filho, vítima do crime, perdoa por que não o fazeis também a Vós?
É a primeira "palavra" que os divinos lábios d'Ele pronunciam na cruz, e nela já encontramos o perdão. Perdão pelos que Lhe infligiram diretamente seu martírio. Perdão que abarca também todos os outros culpados: os pecadores. Nesse momento, portanto, Jesus pediu ao Pai também por mim.
Embora não houvesse fundamento para escusar o desvario e ingratidão do povo, a sanha dos algozes, a inveja e ódio dos príncipes e dos sacerdotes, etc., tão infinita foi a Caridade de Jesus que Ele argumenta com o Pai: "porque não sabem o que fazem."
A ausência absoluta de ressentimento faz descer do alto da cruz a luminosidade harmoniosa e até afetuosa do amor ao próximo como a si mesmo. Ouvindo essa súplica, chegamos a entender quanta insenção de ânimo havia em Jesus na ocasião em que expulsou os vendilhões do Templo: era, de fato, o puro zelo pela casa de seu Pai.


Segunda Palavra: "Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23, 43)

A cena não podia ser mais pungente. Jesus se encontra entre dois ladrões. Um deles faz jus à afirmação da Escritura: "Um abismo atrai outro abismo (SL 41,8). Blasfema contra Jesus, dizendo:"Se és Cristo, salva-te a ti mesmo, e salva-nos a nós" (Lc 23, 39).
Enquanto esse ladrão ofende, o outro louva Jesus e admoesta seu companheiro, dizendo: "Nem sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo suplício? Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum" (Lc 23, 40-41).
São palavras inspiradas, nas quais transparecem a santa correção fraterna, o reconhecimento da inocência de Cristo, a confissão arrependida dos crimes cometidos. São virtudes que lhe preparam a alma para uma ousada súplica: "Senhor, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!" (Lc. 23, 42).
Ao referir-se a Jesus enquanto "Senhor", o bom ladrão professa sua condição de escravo e reconhece-O como Redentor. O "lembra-te de mim" é afirmativo, não tem nenhum sentido condicional, pois sua confiança é plena e inabalável. Compreende a superioridade da vida eterna sobre a terrena, para o mau ladrão, constitui um delírio: o afastamento da morte, a recuperação da saúde e da integridade.
O bom ladrão confessa publicamente a Nosso Senhor Jesus Cristo, ao contrário até mesmo de São Pedro, que havia três vezes negado o Senhor. Tal gesto lhe fez merecer de Jesus este prêmio: "Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23, 43).
Jesus torna solene a primeira canonização da história: "Em verdade..."
A promessa é categórica até quanto à data: hoje. São Cipriano e Santo Agostinho chegam a afirmar ter recebido o bom ladrão a palma do martírio, pelo fato de, por livre e espontânea vontade, haver confessado publicamente a Nosso Senhor Jesus Cristo.


Terceira Palavra: "Junto à Cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleófas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua Mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: "Mulher, eis aí teu filho". Depois disse ao discípulo: "Eis aí tua Mãe". E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa" (Jo 19, 25-27)

Com essas palavras, Jesus finaliza sua comunicação oficial com os homens antes da morte (as quatro outras serão de sua intimidade com Deus). Quem as ouve são Maria Madalena, representando a via da penitência; Maria, mulher de Cleófas, a dos que vão progredindo na vida espiritual; Maria Santíssima e São João, a da perfeição.
Consideremos um breve comentário de Santo Ambrósio sobre este trecho: "São João escreveu o que os outros calaram: (pouco depois de) conceder o reino dos céus ao bom ladrão, Jesus, cravado na Cruz, considerado vencedor da morte, chamou sua Mãe e tributou a Ela a reverência de seu amor filial. E, se perdoar o ladrão é um ato de piedade, muito mais é homenagear a Mãe com tanto carinho ... Cristo, do alto da cruz, fazia seu testamento, distribuindo entre sua Mãe e seu discípulo os deveres de seu carinho" (in S. Tomás de Aquino, Catena Aurea).
É arrebatador constatar como Jesus numa atitude de grandioso afeto e nobreza, encerrou oficialmente seu relacionamento com a humanidadem na qual se encarnara para redimí-la. Do auge da dor, expressou o carinho de um Deus por sua Mãe Santíssima, e concedeu o prêmio para o discípulo que abandonara seus próprios pais para segui-Lo: o cêntuplo nesta terra (Mt 19, 29).
É perfeita e exemplar a presteza com que São João assume a herança deixada pelo Divino Mestre:"E dessa hora em diante, o discípulo a levou para a sua casa" (Jo 19, 27). São João desce do Calvário protegendo, mas sobretudo protegido pela Rainha do céu e da terra. É o prêmio de quem procura adorar Jesus no extremo de seu martírio.


Quarta Palavra: "Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste? (Mt 27, 45). Jesus clama em alta voz. Seu brado fende não somente os ares daquele instante, mas os céus da história. Nossos ouvidos são duros, era indispensável falar com força. Jesus não profere uma queixa, nem faz uma acusação. Deseja, por amor a nós, fazer-nos entender a terrível atrocidade de seus tormentos. Assim mais facilmente adquiriremos clara noção de quanto pesa nossos pecados e de quanto devemos ser agradecidos pela Redenção.

Como entender esse abandono? Não rompeu-se - e é impossível - a união natural e eterna entre as pessoas do Pai e do Filho. Nem sequer separaram-se as naturezas humana e divina. Jamais se interrompeu a união entre a graça e a vontade de Jesus. Tampouco perdeu sua alma a visão beatífica.
Perdeu Jesus, sito sim, e temporariamente, a união de proteção à qual Ele faz menção no Evangelho: "Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho" (Jo, 8, 29). O Pai bem poderia protegê-Lo nessa hora (cfr. Mc 14, 36; Mt 26, 53; Lc 22, 43). O próprio Filho poderia proteger seu Corpo (Jo 10, 18; 18, 6), ou conferir-lhe o dom de incorruptibilidade e de impassibilidade, uma vez que sua alma estava na visão beatífica.
Mas assim determinou a Santíssima Trindade: a debilidade da natureza humana em Jesus deveria prevalecer por um certo período, a fim de que se cumprisse o que estava escrito. Por isso Jesus não se dirige ao Pai como em geral procedia, mas usa da invocação "meu Deus".
A ordem do universo criado é coesa com aordem moral. Ambas procedem de uma mesma e única causa. Se a primeira não se levanta para se vingar daqueles que dilaceram os princípios morais por meio de seus pecados, é porque deus lhe retém o ímpeto natural, Se assim não fosse, os céus, os mares e os ventos se ergueriam contra toda e qualquer ofensa feita a Deus. (...)


Quinta Palavra: "Tenho SEDE." (Jo 19, 28)

Assinala o evangelista que Jesus dissera tais palavras por saber "que tudo estava consumado, para se cumprir plenamente a Escritura". Vendo um vaso cheio de vinagre que havia por ali, os soldados embeberam uma esponja, "e fixando-a numa vara de hissopo, chegaram-lhe à boca" (Jo 19, 28-29).
Cumpria-se assim o versículo 22 do salmo 68: "Puseram fel no meu alimento; na minha sede deram-me vinagre para beber."


Qual a razão mais profunda desse episódio? É um verdadeiro mistério.

Jesus derramara boa quantidade de seu preciosíssimo Sangue durante a flagelação. As chagas em via de cicatrização, foram reabertas ao longo do caminho e ainda mais quando Lhe arrancaram as roupas para crucificá-Lo. O pouco sangue que Lhe restava escorria pelo sagrado lenho. Por isso, a sede tornou-se ardentíssima. Além desse sentido físico, a sede de Jesus significava algo mais: o Divino Redentor tinha sede da glória de Deus e da salvação das almas.
E o que lhe oferecem? Um soldado lhe apresenta, na ponta de uma vara, uma esponja empapada de vinagre. Era a bebida dos condenados.
Podemos de alguma maneira aliviar pelo menos esse tormento de Jesus? Sim! Antes de tudo, compadecendo-nos d'Ele com amor e verdadeira piedade, e apresentando-Lhe um coração arrependido e humilhado.
(...) Para Ele será água fresca e cristalina nossa fuga vigilante das ocasiões próximas de pecado. Compadeçamo-nos também dos que vivem no pecado ou nele caem, e trabalhemos por sua salvação. Em suma, apliquemo-nos com ânimo na tarefa de apressar o triunfo do Imaculado Coração de Maria.
O Salvador clama a nós do alto da cruz que defendamos, mais ainda que o bom ladrão, a honra de Deus, procurando conduzir a opinião pública para a verdadeira Igreja. É nosso dever buscar entusiasmadamente a glória de Cristo, "que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor." (Ef 5, 2).


Sétima Palavra: "Pai, nas tuas mãos, entrego o meu espírito" (Lc 23, 46)

Estabeleceu-se na Igreja, desde os primórdios, o costume de encomendar as almas dos fiéis defuntos, a fim de que a luz perpétua os ilumine.
Jesus, porém, não tinha necessidade de encomendar sua alma ao Pai, pois ela havia sido criada no pleno gozo da visão beatífica. Desde o primeiro instante de sua existência, encontrava-se unida à natureza divina na pessoa do Verbo. Portanto, ao abandonar o corpo sagrado, sairia vitoriosa e triunfante. "Meu espírito", e não alma, provavelmente aqui significaria a vida corporal de Jesus.
Mas, Jesus aguardava sua ressurreição para logo. Ao entregar ao Pai a vida que d'Ele recebera, sabia que ela Lhe seria restituída no tempo devido.
Com reverência tomou o Pai Eterno em suas mãos a vida de seu Filho unigênito, e com infinito comprazimento a devolveu, no ato da ressurreição, a um corpo imortal, impassível e glorioso. Abriu-se, assim, o caminho para a nossa ressurreição, ficando-nos a lição de que ela não pode ser atingida senão pelo calvário e pela cruz.

AVE CRUX, SPES ÚNICA.

Monsenhor João Clá Dias, EP.
(Revista Arautos do Evangelho, Março/2002, n. 3, p. 13 à 17)